Saturday, February 25, 2006

Sob as cores

Num deguste,
um ajuste

Um suporte.
Só para, assim,
tornar-se mais forte.

Forte pra que,
se não há o que vencer?

A partir de uma flor,
a ausência da dor.
As crises, os desamores,
perdidos no jogo de cores.

Você que não tava nem aí.
Você mesma, está aqui..

Agora você sou eu.
Mas não só você.

O que ali me ocorreu
- a maior constatação -
É que o Universo sou eu!

Até o Universo sou eu.

O Universo sou eu...

Saturday, February 11, 2006

Uma fonte segura

Sabe aquela pessoa que você vê, sempre? Seja na escola, no trabalho, num clube, na vizinhança, em qualquer lugar. Você não a conhece, mas por alguma razão você pode pensar algo sobre ela. Ela pode parecer interessante, pode parecer inteligente ao falar, bastante diferente na maneira de ser. Ou pode parecer insuportável.

Genial, medíocre, boa-pinta, simpático, mil e um adjetivos podem surgir em relação a qualquer pessoa que vemos freqüentemente – ou não. Mas nada como a convivência pra se tomar uma impressão segura. Nada como a convivência, o tempo que passam juntos (com ou sem outras pessoas por perto) pra se conhecer de verdade, uma pessoa. Eu raramente me disponho a conviver com alguém para ter uma ciência de quem ela realmente é. Mas já passei por muitas situações assim.

E depois de um tempo, a pessoa diferente é tão comum como as outras... as que pareciam inteligentes são só fachada... as mais reservadas, tímidas, talvez o fossem por não ter nada a dizer – não, não. Pelo contrário. Quando falam, é definitivo. Algo carregado de sobriedade.

Essas coisas, só se sabe quando se convive.