As perguntas travestidas
Parte I
De que me serve dinheiro,
esse recurso grosseiro,
que mais me tira que dá?
Por que sofrer dessa amarra,
nem posso tocar minha guitarra,
as coisas que gosto, não dá?
Para que me serve o lamento,
se ele não me oferece o tempo
que eu queria ter pra mim?
Qual era mesmo o momento
que eu pensava que depois dele
já me contentaria com o fim?
Para que me serve o lamento,
qual era mesmo o momento?
Na marginal esburacada da avenida solitária da minha mente,
eu vejo me acompanharem aqueles velhos conflitos adolescentes.
Eu sinto a tensão, o medo, sou acometido pela dúvida,
pela fraqueza,
fico tímido, distante, parece que a única coisa que penso
é em dor e tristeza.
Sou questionado repetidamente a respeito do meu humor
com muitos porquês,
mas pra esse tipo de problema não há resposta, só entende
quem o antevê.
É como se sempre esperassem uma resposta curta, certa e pronta,
porém quase sempre a minha explicação os desaponta,
e eu fico parecendo bancar o incompreendido, o mal amado,
sobrevivendo a uma distância tal que menos alivia do que amedronta.
É só que não é fácil mesmo entender.
E agora, neste poema,
o que colocar no fim?
Palavras confusas,
para fazer alguém rir?
Confusas, sem dúvida, estas serão,
a ponto, talvez, de manter o padrão,
e em meio a tantos, travesti-los de versos,
mas assim não podem transparecer,
pois os versos são reveladores,
e aqui eu não revelaria o meu ser.
De que me serve dinheiro,
esse recurso grosseiro,
que mais me tira que dá?
Por que sofrer dessa amarra,
nem posso tocar minha guitarra,
as coisas que gosto, não dá?
Para que me serve o lamento,
se ele não me oferece o tempo
que eu queria ter pra mim?
Qual era mesmo o momento
que eu pensava que depois dele
já me contentaria com o fim?
Para que me serve o lamento,
qual era mesmo o momento?
Parte II
Na marginal esburacada da avenida solitária da minha mente,
eu vejo me acompanharem aqueles velhos conflitos adolescentes.
Eu sinto a tensão, o medo, sou acometido pela dúvida,
pela fraqueza,
fico tímido, distante, parece que a única coisa que penso
é em dor e tristeza.
Sou questionado repetidamente a respeito do meu humor
com muitos porquês,
mas pra esse tipo de problema não há resposta, só entende
quem o antevê.
É como se sempre esperassem uma resposta curta, certa e pronta,
porém quase sempre a minha explicação os desaponta,
e eu fico parecendo bancar o incompreendido, o mal amado,
sobrevivendo a uma distância tal que menos alivia do que amedronta.
É só que não é fácil mesmo entender.
Parte III
E agora, neste poema,
o que colocar no fim?
Palavras confusas,
para fazer alguém rir?
a ponto, talvez, de manter o padrão,
e em meio a tantos, travesti-los de versos,
mas assim não podem transparecer,
pois os versos são reveladores,
e aqui eu não revelaria o meu ser.
2 Comments:
Então é aqui que eu encontro um menino que anda sumido. :)
Me indentifico bastante com a parte II.
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