Wednesday, October 10, 2007

As Artes e Você

Não sou crítico da arte
sou apreciador
Nas sete artes
não há o que se descarte
e não há consolador

Em tuas partes
só faço
admirar-te
És minha arte
E teu abraço, que não sinto
é meu baluarte
(e não minto)

És o que vejo
o que leio
és até a pintura
num azulejo
És a pequena escultura
no jardim
És aquele livro
que me disse
"este foi feito pra mim"
És o filme
que entrete
e até minha prosa
é uma mostra de como
meu amor por ti
se derrete

E no palco
és a estrela
da peça em cena
E quando começa
até dá pra notar
na primeira fila
eu, somente a te fitar.
Ao passar das cenas
vou te vendo distante
quase agonizante
por não poder te tocar
(que pena...)

Amor surreal
algo pós-moderno
texto conceitual
a arte no teu jeito terno

Na arte nada é certo
o que vale
é ter nosso sonho por perto
Não sou artista
mas em algo somos iguais
(vivemos nas nuvens)
somos sonhadores habituais

E poucos homens
revelam-se dessa forma:
eu viveria
sobre uma plataforma
só a te ver dançar
e descreveria
cada passo teu
numa bela caligrafia
E no teu olhar
eu pensaria:
"agora sou eu"

E a noite toda
contigo dançaria
até surgirem no horizonte
as luzes do dia
Mas sonhando
que a nossa dança
nunca terminaria.

1 Comments:

Blogger Maluz said...

E tão estranho quando escrevemos certas coisas como essa , no exato momento faz tudo tão sentido , vemos essa pessoa em realmente tudo , tudo se faz alusão , cria se um novo mundo que não é mas so seu e sim pertencente a ela , depois que tudo se acaba , não conseguimos saber o pq disso tudo , dessas emoçoes que depois viram descartaveis , e virando uma inverdade.

7:08 PM  

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]

<< Home